Ando nas ruas e os olhos não me são amigáveis. São como raios que me acuam como um cachorro moribundo com medo do predador. Ando de cabeça baixa, olhando para os meus pequenos passos nessa subida interminável. Ando só, corro só,paro só. Sem companhia,sem ninguém para dar as mãos. Ali as risadas já não fazem mais morada. Elas desistiram depois que em vez de demostrar forte alegria fizeram papel de bobo. Se acuaram, morreram de vergonha e se esconderam de todos, de tudo, de todo o mundo.
Durmo sozinha, acordo sozinha,falo sozinha. Minha loucura passou da sua sanidade. Infelizmente as paredes não me respondem, por isso, respondo a mim mesma. Então, dentro do meu quarto predomina-se o som da minha voz, que de tão sozinha se perde no seu próprio eco e se esquece de voltar. Minhas lágrimas caem. A única companhia que me resta são das águas salgadas proveniente da minha dor . Da minha tristeza. Da minha solidão que me absorve diariamente. Me sinto só. Apenas isso. FIM DA LAMENTAÇÃO...
