sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Que tola...

                Eu sonhava acordada como uma moça apaixonada. Olhava para o mar, pensava em me casar e em te amar em qualquer lugar. Eu tinha planos para nos três : Eu, você e o nosso cachorro no quintal. Sonhava com o momento do “Sim”, do “Claro que sim ”,porque da minha parte eram só certezas. Não existia não sei, quem sabe, sei lá, talvez mais tarde. Era tudo agora,ali,naquele momento.Mas você resolveu deixar para depois. 
                O tempo passou e eu percebi que você não estava presente, que não diria sim nem agora e nem depois e que eu tinha um grande potencial para ser uma daquelas noivas frustradas no altar. Percebi que não haveria mais nos três,nem nós dois e que nem mesmo isso chegou a existir de verdade um dia. A unica coisa existente nessa situação era o nó na minha garganta que não me deixava engolir mais nada. 
             E foi aí que eu botei para fora e cuspi na sua cara tudo aquilo que me embrulhava o estomago a meses. Pedi que me dissesse a verdade e que se não existisse mais nenhum sentimento por mim e nenhuma vontade de estar ao meu lado que fosse embora sem me dar maiores explicações.                  
              Você então não pensou duas vezes em partir. Foi embora ,não me olhou e nem se quer me disse adeus. Apenas atravessou aquela maldita porta, me restando unicamente o ruido estridente da sua partida em meus ouvidos.                  
           Aquele era o fim de um romance que pensei que duraria a vida toda. Que tola! Como eu poderia amar e me doar inteira e não receber em troca nem a metade? Nem mesmo migalhas miseráveis de um amor miserável. Mas dos males uma lição:aprendi que não se pode querer sozinho, agir sozinho, amar sozinho. 
         Porque amar sozinho é o mesmo que bater a cabeça na parede. Você aguenta o primeiro golpe, mas depois de um tempo é impossível se manter de pé.