domingo, 13 de dezembro de 2015

A vontade de ser grande ...

           Somos poeira. Uma virgula no infinito. 
          Ao olhar o céu, vemos que não podemos competir. Realmente somos pequenos em meio a essa imensidão, em meio aos dias contados, em meio a natureza exuberante. E mesmo assim, sendo pequenos como somos, buscamos por aquilo que nos fará crescer , engrandecer, nos transformará em gigantes. 
          Então, desde criança buscamos a grandeza em tudo que fazemos e em qualquer lugar que passamos queremos ser enormes. Seja no trabalho, em casa, na rua, na praça, no amor. Aaaaaah o amor! Buscamos nos completar sugando a grandeza de outra pessoa. Somos egoístas, confesso. Não queremos ninguém do nosso lado maiores que nós. Por isso o amor se rende ao nariz empinado e a todo sentimento de soberba. Por isso o amor sofre, adoece. Por isso não conseguimos não sentir pena de nos, mas nos recusamos a sentir pena do próximo. Por isso coisas simples nunca terão valor. Afinal , queremos ser gigantes e o simples não serve,não se encaixa, não completa. E mesmo sendo pó, queremos mostrar que um dia seremos grandes o suficiente.
         Nós nos tornamos cegos e não nos damos conta que o tamanho não importa e que, ás vezes, o maior dos gigantes pode não ter a felicidade da menor das formigas. Que ser grande não tem a ver com realizações falsas, conversas vazias, fingimentos exagerados. E não vemos que a verdadeira grandeza só será alcançada quando a busca por ela for realmente cessada. 
         Dessa forma, quando menos esperarmos, já seremos enormes como uma montanha e não precisaremos mais buscar pela grandeza, porque sentiremos a grandeza que vem de dentro de nos.