domingo, 24 de agosto de 2014

E assim se foi ...

           Seus olhos eram castanhos mas carregavam um brilho diferente. Seu perfume era incomparável e inesquecível. Cada longo abraço eram sensações novas. As ligações a noite eram os melhores sons que se podia ouvir antes de dormir... E tudo isso eram apenas lembranças. Foi o que restou daquele semestre. Lembranças do rosto, da voz suave, das gargalhadas, dos sorrisos , das noites ao telefone ... Tudo já não existiam mais.
           A menina moça se encontrava triste, não sabia o que fazer com seus sentimentos, não existe uma enorme lixeira e nem algo que faça tudo cair em esquecimento com o piscar dos olhos. Então, ela chorava, lembrava e desabava. Não se sabia se era por que queria de volta ou se ela realmente não aguentava a indiferença. Pra ela ser um tanto faz machucava , ardia por dentro. De longe ela sempre o observa mas nunca se aproximava. Queria evitar contato, não queria perturbar quem já não sentia sua falta.      
           Mesmo assim , imaginava de tudo e queria apenas algumas palavras de carinho, queria ter a companhia e se sentir bem novamente, queria rir, falar besteira, ser toda ela de novo. Porem isso já não existia mais. Ainda de longe continuava a observar, seguia com seu olhar pensativo e se pegava chamando a si mesmo de burra, por fantasiar o impossível ... Era o fim da frágil menina.
          Ela devia entender que não se coloca virgulas onde já puseram ponto final.

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