sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Já era o fim do ano...

       

              A noite cai como uma porrada, já eram 2:46 da madrugada. Em meio as canções que ouvia nessa noite quente veio a sua voz. Voz essa entoada em uma musica junto com sua maior paixão: o violão. Faz tanto tempo não é mesmo ? Já era fim de dezembro, faltava apenas 2 dias para um novo ano e em cada oração minha eu pedia que já não te amasse mais. Queria entrar nesse novo período exatamente como você, não sentindo nada,absolutamente nada. 
            No silencio do meu quarto e com meus fones de ouvido escuto a canção ate o ultimo minuto, ate seu ultimo sussurro. Algumas lagrimas descem... Elas sempre conseguem escapar. Então levanto da minha cama, abro a porta e vou rumo ao banheiro para lavar o meu rosto,tentando encontrar um pouco de alivio para aquela noite.Olho no espelho, respiro fundo e tento acalmar essa gotas que insistem em sair dos meus olhos. 
           De volta em meu quarto , abro a minha segunda gaveta e pego dentro da minha carteira um folha que guardo desde aquele dia.
Ela ainda tinha o seu cheiro, apesar de saber que não teria como esquece-lo. Em meio aquelas palavras vejo que foi apenas o que sobrou, palavras traçadas em uma folha de papel em branco. Palavras essas que não se cumpriram. E lendo e sentindo seu perfume eu percebia que apesar de ainda ser sua, você já não me pertencia e que eu também já não queria mais te pertencer. 


             Então, aqui estou eu com um apelo desesperado nessas ultimas horas do ano pedindo pra que me devolva a mim mesma. Já não aguento me ter em sua mãos sem ao menos ter o controle sobre mim. Em meio a algumas lagrimas e abraçada a única coisa que sobrou de nos alem do meu amor falho, faço o meu pedido: Que ao escutar seu nome eu não sinta nada, que ao ouvir sua voz eu não sinta nada, que ao ver sua foto eu não sinta nada, que ao desdobrar novamente esse papel eu já não sinta nada. 
            Em meio a tantos pedidos guardo o papel novamente em seu lugar. Ainda com rosto molhado apago as luzes do meu quarto e me deito procurando conforto e carinho em minha cama. Percebo que novamente vou chorar ate dormir , mas vejo que é esse o castigo que se paga por sentir de mais.

2 comentários:

  1. Eu acho que veio de um choro mesmo... Eu senti. Um choro com ar de desespero. Eu sinto porque tenho o mesmo sentimento guardado aqui dentro, isso quer dizer que já senti o mesmo. Vibrou na mesma frequência.

    Não quero ser chato, sempre falo alguma coisa... Mas sinto que devo comentar, porque tenho um pouquinho mais de experiência. E se você estiver passando por algo difícil, pode te ajudar, porque já enfrentei o tornado... Então direi sem problemas. Se o comentário te expõe, é só apagar... O importante é que tenha visto.

    Você tem que encontrar o amor aí dentro. Só o amor, puro, sem direção. Ele é ainda mais forte quando é puro. Ele tem poder de cura. Tanto para você, quanto para qualquer outro. Ele toma direções também, mas constrói a sua casa ai dentro. Isso quer dizer que ninguém mais vai poder destruir a sua casa e te tirar o chão.

    Tem que buscar esse amor, esse amor é real. É um amor do mago, da bruxa, do espírito, de Deus. É um amor mágico e misterioso. Um amor cheio de encanto.

    No caminho até ele, a gente enfrenta uma grande tempestade. Mas quando ela vai embora, o mundo é bem mais bonito do que antes, porque a tempestade lavou toda a alma.

    =)

    ResponderExcluir
  2. Obrigada... gostei muito do seu comentário :)

    ResponderExcluir