sábado, 14 de junho de 2014

Dor,maldita dor.

         Ocupo a dor com pensamentos ardentes que de tão quente neutralizam por um instante o que deu ruim eu sinto. Procuro deixar ela ocupada,com as mãos no trabalho para que ela me esqueça e procure outro idiota para que a alimente.Dor maldita essa,que me faz perder o controle e me deixa confusa.Cansada, ando por estradas inundadas por sangue de dores anteriores e por lágrimas de noites obscuras.
        Desistir não foi feito para mim porem caminhar em direção aos espinhos sem certeza de existência das rosas não se é certo.Parada agora procuro outra estrada com o sol como iluminação e flores como decoração.Mas olho em volta e a escuridão me cega como se algo estivesse preso em meus olhos.Como se uma faca os perfurasse.Sem direção,sem luz e não tendo mais forças para sustentar meu corpo em apenas duas pernas, desabo e não me levanto.O solo me puxa com uma força maior do que as minhas últimas.
        Depois de muito tempo e de muito me lamentar no chão gelado consigo enfim enxergar uma luz, mas uma pequena voz me diz que segui-la não é o correto.Então quase inconsciente obedeço a voz sussurrada em meu ouvido.Por um momento o arrependimento consome o meu corpo e meu desejo era de não estar mais em toda essa situação.Minutos depois me levanto e me recupero as poucos,só assim  pude perceber que aquela luz não era mesmo pra mim. 

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